quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sinto que vinhas!


Sinto que vens de longe, através dos tempos, do nosso passado talvez, vens para um mundo profano, mais cheios de amor...

Eu sabia que vinhas, e por isso eu te esperava...

E assim, ressuscitarei em teu corpo a alma perdida, e nesse milagre vibrarão os teus ouvidos com a música dos meus poemas e os teus olhos com a fantasia da minha imaginação!

Despertarei em tua carne todos os gestos adormecidos e escutarás novamente em teus sentidos melodias imortais de outros (novos) hinos de amor...

Tenho ainda na boca o sabor dos teus beijos

e nos olhos a morna luz do teu olhar...

Tenho ainda no corpo a essência da sua respiração quente

e na pele resquícios da sua sede de amar...

Consegui te alcançar, novamente, assim como quem colhe um fruto maduro entre sombras nos ramos-sim, morangos...

Assim tocarei teu corpo inteiro...

E pensar que é sem fim o incêndio que nos queima enquanto nos amamos...

Cíntia Gonçalves dos Prazeres

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