Sinto que vens de longe, através dos tempos, do nosso passado talvez, vens para um mundo profano, mais cheios de amor...
Eu sabia que vinhas, e por isso eu te esperava...
E assim, ressuscitarei em teu corpo a alma perdida, e nesse milagre vibrarão os teus ouvidos com a música dos meus poemas e os teus olhos com a fantasia da minha imaginação!
Despertarei em tua carne todos os gestos adormecidos e escutarás novamente em teus sentidos melodias imortais de outros (novos) hinos de amor...
Tenho ainda na boca o sabor dos teus beijos
e nos olhos a morna luz do teu olhar...
Tenho ainda no corpo a essência da sua respiração quente
e na pele resquícios da sua sede de amar...
Consegui te alcançar, novamente, assim como quem colhe um fruto maduro entre sombras nos ramos-sim, morangos...
Assim tocarei teu corpo inteiro...
E pensar que é sem fim o incêndio que nos queima enquanto nos amamos...
Cíntia Gonçalves dos Prazeres
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