quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sonhava contigo...
Estive bem perto
Do teu aconchego.
Sentia teu carinho,
Ouvi tua voz
De paz e sossego...
Sentia teu cheiro
Mas não entendi
Tamanha apatia!
Será que no céu
A gente se envolve
Em nuvens de amor!!!
E, assim, sem mágoa
Nem rancor,
Só há alegria?
E o que se faz
Com a saudade
De que aqui na terra invade,
O nosso pranto de dor?
Hoje não sonho mais
Só sinto saudades que doêm

Saudade... Tenho saudade,
Daquele que percorreu caminhos ao vento!!??
Mas que me ensinou a seguir o caminho da dignidade,
do Respeito e da sabedoria.
Que me mostrou a vida
de maneira doce
que acalentou
Sonhos a meu respeito e não pode vê-los se concretizar.
Que apesar dos erros
tinha orgulho de ser AVÔ!
"DE SER MEU AVÔ"!!
EU ERA A SUA PITUQUINHA!

Não posso ouvir agora
seu esbravejar...
Por não ter me comportado
uma vez quando criança.

Ver seu sorriso...
Por ter eu alcançado o sucesso
Por menor que fosse.
Sentir orgulho ao pronunciar meu nome ou comentar meus
Feitos tão pequenos.
Ver o brilho dos seus olhos ao me ver
pregar a verdade,
Os bicos, quando achava que o que fiz não estava correto,
Embora muitas vezes estivesse..

Sinto sua falta...
Das nossas conversas,
Do que vivíamos.
Dos momentos que passamos juntos...
De histórias que me contava
De comidas que me esinava

Saudade... Tenho saudade.
De ti meu velho avô,
Sentado nos bares
Olhando os a vida passar
Jogando aquele carteado.

Vejo-te perto de mim
Cabisbaixo e pensativo,
Na busca de um incentivo,
Pra tornar a vida mansa...
E teu abraço quase alcança
essa distância em que vivo.
Esta tua ausência, meu avô...
Eu sinto no mate amargo,
Nesta saudade que trago
Dos tempos da minha infância
E adolescencia
Sem pensar que a distância
Fosse o preço da evolução.



Teu rosto, suas mãos marcadas
Pelo tempo de sacrifício,
Quando no Labor do ofício
Galopando nas coxilhas,
Nessas madrugadas
Frias domava teu sofrimento
Lutando pelo sustento da tua
Humilde família.
Trazendo o leitinho da PITUQUINHA...

Ergue a cabeça, meu avô,
Herói que não tem medalhas,
vencedor de mil batalhas
Na sociedada esquecida,
Tuas histórias serão lidas pelos teus descendentes,
Que ensinaste a ser decentes com teus exemplos de vida.

Mas aprendi,
dessa imagem fria,
De um sonho que se desfez,
Que a vida é alegria!
E assim como você meu velho avô,
Estarão sempre presente nos meus dias...

E se não fosse a certeza que tenho
que estás tão junto de Deus,
Não saberia viver,
Longe dos conselhos teus.

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