sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jorge Luis Barbosa do Nascimento

Meu melhor amigo, partiu sem ao menos despedir-se, o que faço? Brigo com Deus, com você ou comigo mesma por não ter ficado ao seu lado nesse momento?
Tu fostes o meu anjo, me seguia, sabia o que eu estava pensando, descobria o meu temperamento do dia, sabia coisas ao meu respeito que nem mesmo eu sabia. Me dava bronca, fazia eu chorar, esfregava na minha cara o certo e o errado. Nunca me abandonou, esteve comigo em quase todos os meus momentos, até quando torci o pé, soube de todos os meus segredos, até os mais sórdidos e eu?
Não fui digna de tanto amor, de tanta dedicação, de tanto cuidado, eu te falava isso e você dizia que bastava você cuidar de mim, que essa era a sua felicidade... E você tomava conta, ficava feliz com isso, de mostrar-me o caminho; homem doce porém sarcástico, homem sensível porém cruel com as suas verdades, dizia que adorava palavrão em boca de mulher e eu não deixava escapar um "caralho" só para ouvir aquela sua risada e ouvir: -Que delícia, fada denovo!
Extremamente inteligente, palavras certas na horas certas, porém super carente, demonstrava um "foda-se" para os que não gostassem dele, porém nos nossos segredos se preocupava com que essas pessoas achavam realmente dele, no íntimo se redimindo...
Me procurava mais do que eu a ele, e ainda tinha a cara de pau de me dizer que eu tinha mais qualidades do que ele, pois eu o iluminava, repunha as suas energias, que lhe trazia paz... Contraditório, eu quase não falava, ficava igual uma criança diante de tanta sabedoria, era enigmático nos conselhos, me furtava sorrisos, me roubava segredos, ele era a minha bússola e eu era o que dele????????
Ele dizia que eu era Sol Nascente e eu brigava que queria ser Lua, eu era a Japa, a Nipônica a sua amiga...

Porque eu não estava aí do seu lado na sua partida? Não fui merecedora de tamanho amor, de tamanho cuidado e agora só me resta a dor. Hoje 01/11/2012 sinto-me fraca, sem direção, com nó na garganta e com o oxigênio insuficiente para o meu peito que se encontra apertado... Não sei o que faço, só imagino você aqui me dando aquelas broncas por estar triste...
Eu meu Arcanjo, queria te agradecer por ter me feito uma mulher amada, respeitada. Obrigada por ter me dado a sua amizade, por me fazer sentir a mais especial das estrelas do seu céu...
Te peço perdão se fui ingrata, se não fui a amiga que você gostaria que eu fosse.
Eu era sua fã, tenho uma alma protetora, mas com você eu não conseguia, só conseguia ser a sua protegida. Desculpa por isso, mas era o só o que eu sabia diante de tanta nobreza...

Deus conhece meu coração e sabe que o meu amor é eterno e tímido, ao contrário de você que vomitava Cíntia, arrotava Japa, respirava Nipônica... Esse era o nosso vocabulário esdrúxulo, porém amoroso...
Se alguém ler esse meu desabafo, eu digo que, acreditem mais na intuição, na vontade, porque uma hora não será brincadeira, pois eu estava 3 dias atrás querendo ligar ou mandar recado e só deixava para depois, ontem quando meditava pensei nele e só puder enviar energias, mas se eu tivesse ligado?
Talvez teria falado pela última vez... Intuição existe e ela dessa vez veio fraca para mim...
Obrigada por ter feito parte da minha vida nessa existência.
Tenho cabeça de peixe, mas vou me esforçar para nunca esquecer de ser a mulher que você ensinou-me a ser: CÍNTIA VOCÊ É FODA! QUERO PARA O MEU FILHO UMA MADRINHA FODA.
Eu era feliz com você, e sei que se eu não tratar de ser daqui para frente é capaz de você puxar o meu pé de sacanagem...
EU AMO VOCÊ.

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